Criminosos teriam lavado US$ 1,6 trilhão em 2009, segundo o relatório
“Estimando os Fluxos Financeiros Ilícitos Decorrentes do Tráfico de
Drogas e Outras Organizações Criminais Transnacionais”, preparado pelo
Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC).
O valor representa 2,7% do PIB mundial de 2009 e 70% do capital total
gerado pelo crime no mundo. A maior parte do dinheiro viria do tráfico
de cocaína. O Brasil foi lembrado por seus problemas de violência.
O relatório aponta que menos de 1% do fluxo financeiro ilegal mundial
foi apreendido. A circulação do capital restante promove corrupção,
suborno, insurgência financeira e terrorismo. Empresas legais e
investidores também estariam na rota do dinheiro. “Fiscalizar os fluxos
de fundos ilícitos gerados pelo tráfico de drogas, crime organizado e
analisar como eles são lançados no sistema financeiro continua a ser uma
tarefa assustadora”, defendeu o Diretor Executivo do UNODC, Yury Fedotov.
O Brasil foi citado pelos problemas de violência ligado às drogas.
Mais de 30 mil homicídios foram contabilizados em território nacional
neste novo milênio. O mercado do país faz parte, junto com os de Estados
Unidos, Colômbia, Reino Unido, Itália, México, Espanha, Alemanha,
França, Canadá, Argentina e Austrália, de 82% dos lucros internacionais
líquidos da cocaína e 86% do lucro mundial de varejo da mesma droga.
O tráfico de cocaína teve lucro total de US$1,674 bilhão no Brasil. O
senso utilizado é de 2005. No varejo, US$255 milhões dos US$1,195
bilhão do lucro da droga teriam sido lavados. Dos US$479 milhões de
lucro do atacado, a lavagem chega a US$ 442 milhões, cerca de 92%.
Organizações criminais brasileiras também seriam responsáveis pelo
comércio para a África,Sudeste e Leste Europeu.
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