O blog do Marcos D’eça mostrou que para funcionar, o esquema
conta com um braço na Polícia Federal, outro em setores da Justiça
- estadual e federal – e de órgãos federais de controle e fiscalização.
Apurou D’eça que Os agiotas agem ainda em duas frentes: numa delas,
financia campanhas eleitorais de promissores candidatos, dando garantias de que
o pagamento só será feito em caso de vitória nas urnas - com dinheiro
público, obviamente.
Na outra
frente diz D’eça, a quadrilha se adianta às operações da Polícia Federal –
devidamente informada por membros da própria PF – e oferece “serviço” para
livrar os gestores enrolados, mediante pagamento.
O
blogueiro vai fundo e informa que o grupo tem como chefe maior o
agiota Gláucio Alencar – o mesmo que, segundo a polícia, mandou matar o
jornalista Décio Sá - age da seguinte forma:
Primeiro
recebe informações de membros infiltrados na Polícia Federal e na
Controladoria-Geral da União sobre ações em prefeituras e outros órgãos
públicos que estejam sendo investigados por desvio de recursos públicos.
Em
seguida, de posse de cópias da documentação sobre a ação – inclusive
pedidos de prisão – outro membro da quadrilha procura os acusados e toca
o terror, exibindo os documentos que comprometeriam o gestor.
E oferece
seus “préstimos” para livrá-los da eventual cadeia.
Segundo
apurou o blog de D’eça, esta negociação gira sempre entre R$ 200 mil e R$ 600
mil, dependendo do porte do órgão ou prefeitura investigada.
Garantido
o negócio, com pagamento antecipado da primeira parte, o envolvido é
simplesmente ignorado nas ações da PF e da CGU contra corrupção – e fica na
dependência da quadrilha de agiotas.
Muitas
vezes, o próprio Gláucio ”financia” o gestor enrolado, tendo a
garantia de acesso aos recursos públicos do órgão ou prefeitura
investigado pela PF.
Daí por
que os cheques de prefeituras foram encontrados com ele…
Agora
está mais do que explicado o por que de nenhuma ação da Polícia Federal do
Maranhão no caso de Paço do Lumiar, se lá foi protocolado várias denúncias, se
lá está um relatório da CGU recheado de irregularidades.
Está
explicado o por que da ação tímida da Procuradoria Geral da Republica do
Maranhão. Se lá foi apresentada muitas representações com provas:
-
Inquérito Civil Público nº 924/2010;
- Auto
Administrativo nº 61/2011-19;
- Peça de
Informação nº 1409/2011-87;
- Peça de
Informação nº 1504/2011-81;
-
Inquérito Civil Público nº 956/2009-21;
-
Inquérito Civil Público nº 325/2010-45;
-
Inquérito Civil Público nº 744/2010-87;
- Peça de
Informação nº 209/2012-92;
-
Inquérito Civil Público nº 719/2010-01;
- Peça de
Informação nº 747/2010-11;
- Proced.
Investigatório Criminal nº 145/2012-25;
-
Inquérito na PF nº 555/2010.
Tudo isto
ainda não resultou em nada. Nem poderia, se o esquema de corrupção funciona
como dito acima.
Está
explicado o por que a Justiça Federal do Maranhão nada decide e os processos lá
não andam, veja:
- Proc. 0012640-08.2012.4.01.3700 –
Improbidade Administrativa por Dano ao erário;
- Proc. 4222.20.12.401370-0 - Improbidade Administrativa por
Dano ao erário;
- Proc. 0022576-28.2010.4.01.3700 –
Execução Fiscal. Neste processo, só para você ter uma ideia, a justiça federal do Maranhão
demorou 343 dias para expedir uma carta de citação da prefeita de Paço do
Lumiar, que fica a 22 km de São Luís. Quer saber mais, até hoje a
citação não foi feita.
Está
explicado o por que das liminares concedidas para manterem prefeitos no cargo.
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